sexta-feira, 27 de maio de 2011

008 - PERFIL

Poema que fala do amor acima de qualquer coisa.

listas.terra.com.br


Sou pardo.

De mãos calejadas,

E olhos inchados,

Tingido com suor colorido,

Que delineia um vértice em mim.



Sou pardo.

Carrego pedras, como areia,

Conduzo meu corpo por trilhas finas,

Sinto em mim o sol,

Que aquece e queima,

Tornando tudo que é negro... Claro.



Mas sou assim... Pardo.

Feito de aço,

Feito de calos,

Mas as mãos assim feridas,

Acariciam seu corpo nu.

Entusiasmo...

E me esqueço em você.

Calo o pensamento,

Desvio os tormentos,

E me desfaço no prazer.



Sou pardo.

Mulato ossudo,

Crioulo forte,

Resistente e pobre,

Mas nobre.

Sara Mel

sábado, 21 de maio de 2011

Marjorie em “Voltei por você” texto 8




Nesse texto Marjorie demonstra a emoção que sente e as coisas que vê quando resolve voltar para o amor.

cerebromasculino.com
 
O sol aquece o meu rosto e penso em você.

Passo por caminhos desconhecidos por mim. Quem me leva não o conheço.

Penso em como te quero ainda. A relva verde que vejo dura apenas curtos momentos diante dos meus olhos. Estou tão longe de casa e mesmo assim não te esqueço.

O perfume do mato que sinto me distancia do asfalto que te cerca, mesmo assim penso em você.

As águas tranqüilas de Bragança brilham como seu olhar em mim. Não sei se posso desistir de você.

As arvores altas que cobrem o abismo por onde passo me remete a você. Estou voltando.

Um solitário na estrada descansa sob um tronco já morto. Estou voltando.

O corcel branco se alimenta do que o fogo não consumiu. Estou voltando, lentamente vejo o reflexo da cidade.

Distante uma pequena ilha, viçosa, verde e só como eu.

Estou chegando.

A igrejinha azul com suas portas abertas se prepara para receber seus fieis. Estou chegando.

Ainda consigo ver a natureza intocada. Estou cada vez mais perto de você.

E quanto mais perto de você estou, a estrada perde as curvas e adquire novas construções.

O natural se mistura ao concreto, estou cada vez mais perto.

Um Cristo de braços abertos sorri me protegendo. Quase choro.

Estou de volta, voltei para o asfalto.

De volta à poluição da nossa cidade.

De volta ao desassossego.

Voltei por você.


Sara Mel



Vídeo de Vanessa Hudgens – Whatever Will be. Fala sobre enfrentarmos todos os momentos de forma tranqüila porque afinal de contas tudo que tiver que ser será. Beijuss da Sara

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Você ainda não sabe o que é o amor?

vc ainda não conhece o amor? Quando ele aparecer você logo o identificará:
1. seu coração para por um segundo ao vê-lo e vc pensa nossa morri e ainda estou feliz.
2. quando ele chega perto de vc o cheiro dele te deixa zonza…zonza e vc nem precisou beber nem um golinhuuu de nada hehehehe
3. fica o tempo todo pensando nesse individuo…o tempo todo…tic tac…o tempo todo…Que ódio! hehehehe
4. se ele não liga vc fica pensando…caramba liga vai …liga vai….hehehehe
5. os beijos dele te levam ao como vou dizer…não te levam a nenhum lugar porque a presença dele é tão forte que vc quer é ficar beijando mesmo…kkkkkk
6. e não para por ai…qdo o amor te pega, beijar não é suficiente, vc quer ficar junto o tempo todo e é ai que vc tem que parar um pouquinhuuuu sabe…respirar fundo e não sufocar o cidadão…pq senão ele foge de vc hehehehe
7. quando o amor te pegar vc saberá, pq vai olhar nos olhos dele e verá o brilho dos seus próprios olhos nele.
Espero que vc o encontre rapidinhuuuu.
Ah…só sei disso pq eu já encontrei uma vez esse tal de amor ;)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Por toda minha vida vou te amar

Existem coisas na vida que você mesmo tem que fazer! Plantar e colher é questão de tempo, saber esperar nascer é questão de tempo, fazer a coisa certa é questão de ter coragem e amar muito.
imagem: thaliabarcellos.blogspot.com
 
 

domingo, 15 de maio de 2011

007 - HELIANTO

Poema que trata da triste realidade da saúde no nosso Brasil.

imagem: tramavirtual.uol.com.br
 
É madrugada...
No vai e vem de movimentos,
Vários sussurros, vários murmúrios,
Tantos ais.
Mãos tão fortes, peles tão rijas,
Bocas tão firme,
Mãos que ardentes exploram o corpo da mulher amada.

É alvorada...
A brisa fresca penetra em suas peles,
O cheiro de mato fresco,
Os tornam felizes.
Um adeus... Volte logo.
E afasta-se todo de branco... Como anjo.
E em corredores largos,
Ouve gritos abafados,
Não suporta o tormento,
O tormento de um vagabundo qualquer.
O sofrer de um grito de dor,
Um alguém que nem nome tem,
Mas calmo...
Suas mãos de alvos vultos se vestem,
E entorpece o corpo doente,
A mente febril, o corpo encarniçado.
E chora ao lancetar a vítima.
E morre assim o helianto.
E o cobre com manto,
Que como uma perdiz...
É devorado por lobos.
Mas cálido... Retorna à mulher amada.
E a faz sua ardentemente.

Sara  Mel

sexta-feira, 13 de maio de 2011

SAUDADE

Hoje resolvi fazer um texto autobiográfico, falando sobre essa palavra que tem seu significado muito forte no nosso idioma: A saudade.

Imagem: letrasdemusicasepoemas.blogspot.com


Às vezes me vejo sentindo isso, a falta de pessoas que passaram por minha vida, me transmitindo amor, alegria, emoção e até mesmo tristeza, mas que ao partirem me deixaram a saudade.
            Acho que comecei a sentir que nós seres humanos somos passageiros nesta vida há uns trinta anos atrás mais ou menos. Eu e minha família morávamos em uma casa simples e geminada, na casa ao lado morava outra família, me lembro que o marido era peixeiro, tinha um filho exemplar que apesar de ter um pai que era alcoólatra mantinha uma calma de se espantar, ele na época tinha uns quinze anos e moravam também na casa sua mãe e seus avôs.
            Seu Alfredo era muito religioso e foi com ele que aprendi a amar a Deus, a amar a natureza, a analisar a beleza do céu, e foi com ele que também aprendi que as pessoas que amamos um dia nos deixam irremediavelmente.
            Numa tarde fria eu fui procurar-lo no porão em que morava, ele bebia um copo de refrigerante e me ofereceu um pouco, eu não me lembro de ter ficado ali por muito tempo, só me lembro que antes que eu saísse ele pegou uma Bíblia muito usada, de papel bem fininho e me presenteou dizendo que quando eu estivesse triste ou a procura de consolo que fechasse os meus olhos e abrisse o livro. Sai feliz pelo presente. Foi o último dia que o vi com vida.
            Nas minhas lembranças lembro-me do velho Alfredo lendo alguns trechos de sua Bíblia sentado na soleira da porta de seu porão, ou então plantando uma árvore ou flores, nunca naquele caixão. Por isso a saudade que tenho é de ver as cores que através de suas mãos ele fazia florescer.
            Na década de 70 eu comecei a cursar o ginasial, não tinha muitos amigos por ser um pouco ingênua, a minha melhor amiga era seis meses mais velha que eu, naquela época ela era baixinha e muito magra. Eu era apaixonada por um colega de classe, ele era moreno, tinha os cabelos encaracolados e era alto, eu era tão boba que ficava olhando por trás das árvores, e claro que não demorou muito para que uma amiga ficasse com ele e eu sozinha atrás da mesma árvore chupando os dedos.
            Foi nessa mesma época que essa mesma amiga contou a ele sobre o meu interesse, eu na minha timidez não tinha coragem de encarar-lo; e foi assim que aproveitando a ocasião ele começou a me menosprezar e manter um longo romance com outra menina e eu só sabia morrer de ciúmes. Dessa fase de minha vida não sinto saudade, concluindo assim que esse sentimento que nos faz ir e vir no tempo só pode ser sentido quando ligado de alguma forma à felicidade.
            Eu freqüentava nessa época a casa da minha melhor amiga quase que diariamente, lembro-me quando numa tarde sentada na área estava sua irmã mais velha, muito bonita, ela trabalhava como secretária e vivia muito triste porque descobriu estar com diabetes, não saia mais de casa, não conseguia mais trabalhar por causa da visão e as injeções cada vez mais insuportáveis, ela reclamava não ter mais um lugar sequer em seu corpo sem marcas e estar completamente desanimada com o regime alimentar que era obrigada a seguir.
            Uns quinze dias depois dessa conversa ela passa mal depois de voltar de um baile, desmaiando, tendo que ser internada com urgência, pois constava nos seus exames um grau muito alto de açúcar no sangue. A morte não faz acepção de pessoas, simplesmente escolhe.
            Mas na minha saudade eu procuro não lembrá-la daquele modo inerte, e sim à beira do forno olhando pra ver se o bolo já estava pronto, ela gostava muito de cozinhar e é assim que a vejo em minhas lembranças.
            Na década de 80 entro no colégio, novos amigos, tempo de independência, idéias próprias e novos amores. Foi numa noite de junho, desiludida com a vida, a escola ainda vazia que vi pela primeira vez meu também primeiro grande amor, “ou na época eu pensava que fosse”. Ele cursava química e estava parado de pé com as mãos nos bolsos, foi paixão à primeira vista.
            Comecei a paquerar-lo discretamente. Primeiro conheci todos os seus amigos de classe no intuito de estar mais próxima a ele, mas essa tática não funcionou. O ano passou e eu não consegui mais nenhum olhar sequer dele, só me restava à esperança do ano seguinte. Minhas férias passaram rápidas e monótonas. Eu voltei mais bonita para a escola, pois tinha resolvido conquistá-lo.
            E foi em um dia desses de aula, numa noite muito chuvosa que ao sair de uma prova mais cedo vi minha melhor amiga conversando com ele, nem acreditei, fiquei parada evitando por alguns instantes aquele encontro, mas enfim era a minha grande chance, afinal em todos aqueles meses era isso que eu desejava tanto.
            Cheguei de mansinho, feito ratinha com medo da ratoeira, morrendo de medo da minha voz não sair na hora, minhas pernas tremiam, e eu não sabia agora o que fazer. Acho que com palavras não conseguiria descrever o encanto que senti. A conversa transcorreu normalmente até que começou a chover, lembro-me que tinha um carro bem perto que tocava uma canção que dizia “deixa chover... oh, deixa a chuva molhar... dentro do peito tem um fogo ardendo que nunca vai se apagar...”. Eu sinceramente nem sentia os pingos que me molhavam toda, estava tão feliz que nada podia diminuir aquela sensação de estar completamente envolvida e amando.
            Depois desse primeiro encontro ainda tivemos a oportunidade de nos falarmos por mais duas vezes, a primeira foi quando fui internada por semanas em um hospital por causa de uma úlcera nervosa devido à separação de meus pais e a última, em minha formatura.
            Não consegui convidá-lo para o baile, mas ele estava lá me olhando. O tempo todo ficamos assim só nos olhando, hoje acredito que não estávamos predestinados a sermos um, acredito que éramos diferentes, que não existia amor o suficiente, só um encanto que eu sentia e ele nem sabia como lidar com isso.
            No término do baile ele veio a meu encontro, disse que tudo estava muito bonito, que eu estava linda e disse: Até um dia.
            Eu poderia ter dito também, até um dia, ou até a próxima semana, mas não! Eu disse Adeus...
            E depois passei o resto da madrugada chorando muito, pois sabia ser aquela noite a lembrança que guardaria em forma de saudade, pois agora eu sabia o significado daquela palavra.

Sara Mel

terça-feira, 10 de maio de 2011

006 - ESPERANÇA

Momento reflexivo: Temos “uma luz” dentro de nós, uma voz interna que nos auxilia a tomar nossas decisôes. Que esta luz  brilhe no momento do seu e do meu voto. A luz da democracia.

imagem:alfachristal.blogspot.com
 
Quando meus passos estiverem cansados.
Quando minhas mãos não mais serem fortes.
Assim mesmo lembrarei de ti,
Voltará em mim a esperança,
Que brotou um dia, num momento de sonho.
Voltará em mim a vontade de construir,
De produzir amor e carinho,
Por toda uma Nação.
É... Querido Pai.
Quando enfim meus cabelos estiverem brancos.
Lembrarei assim mesmo dos teus,
Voltarei a minha juventude,
E derramarei novamente aquela lágrima,
Sentirei de novo a tua falta.
Direi talvez a meus netos,
Que um dia nossa Pátria; bela e muy amada
Resplandecente entre todas, teve uma luz
Assim como essas que estão no céu.
E que essa luz veio até nós,
E nos uniu como irmãos num só canto,
Um canto de paz, de luta, de amor e esperança.
Esperança essa que quase se foi,
Quando você nos deixou.
Mas nós, filhos teus, adotivos sim.
Paramos um pouco de chorar,
E relembramos tuas palavras.
Palavras essas que nos fazem acreditar,
Num mundo melhor.
E por encanto,
Olhamos para o céu,
E notamos uma nova luz nascendo,
Talvez seja você,
Querendo nos orientar.

Sara Mel

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Marjorie em “A espera” texto 7




Nesse texto Marjorie mostra outro lado seu, um lado que está começando a aflorar depois de tantos momentos de solidão. O lado irredutível.

imagem:cerebromasculino.com
 
Quando esperamos, paramos. Nesse meio tempo, sofremos. E então pensamos indefinidamente em tudo.
            Ele esperava que ela o procurasse, as mulheres não eram realmente eficientes na arte de manterem-se firmes. Henrique conhecia os seus sentimentos, estava certo do seu amor por ele, era só ter um pouco mais de paciência e ela estaria em suas mãos.
            Ele sabia como agiam as mulheres, primeiro que ele próprio havia investido muito nessa história, estava na hora de receber de volta o seu investimento que durara anos de dedicação indireta, ela sabia.
            Apesar de ausente, ele sempre se mantivera por perto, era um ótimo estrategista, e não planejara nada por mal, justificava suas investidas para si mesmo negando que fosse amor.
            Não poderia ser, repetia ele. Henrique não acreditava em romances eternos, isso era coisa de fêmea, um homem como ele aprendera que amar é para os fracos e ele se tornara forte quando o amor o renegou, não permitiria que ele de novo o fizesse.
            Quando recebeu aquela carta, um sorriso cúmplice o contagiou, ela voltara, logo estaria de novo em seus braços. As linhas não continham palavras de amor, mas não se importava com isso, um homem sabe que uma mulher antes de amar, cuida. Era uma questão de tempo.
            E ele precisava desse cuidado, mas não poderia assumir suas fraquezas e mentiu.
            E agora só, esperava por ela. Um telefonema.
            As mulheres sempre ligam, são ansiosas, não conseguem conter-se, são intempestuosas, ou usam outros métodos de aproximação, ela buscaria uma forma de encontrá-lo novamente.
            Era só esperar!
            Se a tivesse nos braços novamente, dessa vez não a deixaria escapar, a seduziria, ele sabia como fazê-lo. O tempo não apagara seu desejo por ela. Ele sentira seu desespero, seu tremor no primeiro encontro, respeitou o seu medo, e fora esse seu erro, ela escapara pelos seus dedos.
            Era só esperar!
            Estava decidido a não deixá-la mais ir, precisava tê-la outra vez, ansiara por tanto tempo por isso. Era questão de tempo, repetia... Tempo.
            Agora já não estava tão seguro de si, tinha dúvidas, também precisava saber esperar. Um homem sabe.
            Mas Marjorie também aprendera.
            Ele a ensinou.

Sara Mel

A música que escolhi hoje é “IF were a boy” da Beyoncé. Achei que tinha muito a ver com o atual momento em que Marjorie está vivendo. 

domingo, 8 de maio de 2011

005 - ATLETA

Poesia em homenagem a todos os atletas do presente e do passado.

imagem:presenteparahomem.com.br
Não há coração que não bata mais forte nesta hora,
Onde a emoção da chegada se torna mais forte,
Onde o grito da vitória é ouvido dentro d’alma.
Não há olhos enxutos nesta hora
Quando o pranto constante se torna mais forte.
Quando a vida esquece a morte.
Quando a corrida pela vitória é esperada.
Seja num gol de placa,
Seja num saxe jornada,
Ou numa cesta perfeita,
São pernas, mãos,
São corações apaixonados pela vitória,
Pelo gosto sublime de ouvir com o coração,
O hino da esperança
O hino que ratifica a alma
Que acalma a mente,
Que satisfaz o atleta.
Este mesmo ser,
Que corre e espera ser o primeiro,
Que salta e espera que seu impulso seja o maior.
Que chuta e espera que a esfera arrebente a rede.
E deseja,
Que a torcida grite alucinada o seu nome.
É essa emoção que sente,
É a maneira mais ousada e natural.
Seja em meio beijos
Seja em meio abraços
Ou até na forma de lágrimas,
Lágrimas quentes,
Que molham com ternura,
O sabor da vitória.

Sara Mel

quinta-feira, 5 de maio de 2011

IMORTAL

Texto que compara a ave mitológica Fênix com uma mulher.

imagem:rosesadalla-eupordentro.com
 
Existem mulheres que muito mais fortes que as outras ressurgem como a mitológica ave chamada Fênix das cinzas.
A fênix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Fico imaginando essa cena toda vez que leio algo sobre essa ave, lembro-me que via algo no filme de Harry Pother e me encantou. Outra característica da fênix é sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar grandes animais, como o elefante. Podendo se transformar em uma ave de fogo.
Nas imagens que vi a Fênix teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fênix vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fênix queimava-se numa pira funerária. A vida longa da fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade do renascimento espiritual. E qual mulher não deseja renascer como essa ave depois do fim de um relacionamento conturbado e cheio de mágoas e dor. Eu mesma já tive que renascer algumas vezes.
Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C, afirmou que a fênix vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97.200 anos. Não consegui chegar a um cálculo real em relação ao tempo que uma mulher demora a sair de um caso complicado e começar a renascer. Escolhi essa ave para nos representar porque geralmente quando uma mulher renasce, ressurge muito mais linda, com a auto-estima lá em cima e com um desejo incontrolável de viver.
Atualmente os estudiosos crêem que a lenda surgiu no Oriente. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. Na arte cristã, a fênix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo. E nós mulheres, somos sim seres abençoados por este grande homem que nos da força suficiente para seguirmos vivendo de forma alegre, correta e amorosa depois do fim. Carregando-nos no colo por muitas vezes.
Quando vi o vídeo da Lara Fabian- “Immortelle” no you tube logo pensei nessa ave cheia de mistério e em nós mulheres. A possibilidade de sempre estarmos prontas para novos desafios, novos amores, novos sonhos, enfim possibilidades infinitas de sermos realmente felizes e porque não nos tornar imortal nesse tempo em que vivemos e conseguir ser realmente felizes.
Sara Mel

Descrição do vídeo:  Esse é o vídeo da Lara Fabian “Immortelle” em francês, muito lindo. Estou torcendo para que gostem. Beijuss da Sara. A tradução não fui eu que fiz peguei do “Vagalume”.
Immortelle (tradução) Lara Fabian
Se perdida no céu
Me restasse apenas uma asa
Essa asa seria você
Se soterrada em minhas ruínas
Com apenas um filete de luz
Esse filete seria você
Se esquecida pelos deuses
Eu corresse por uma ilha
Essa ilha seria você
E se mesmo inútil,
Restasse um limite frágil,
Eu o atravessaria...
Imortal, imortal
Eu sinto ser aquela
que sobreviverá a todo esse mal
Eu morro por sua causa
Imortal, imortal
Eu me desprendi no fim do céu
Ele não abrigava mais a eternidade
Eu morro por sua causa
Se as palavras são marcas
Eu marcarei minha pele
com aquelas que não são ditas
E porque nada te apaga,
Eu guardarei este mal
se é apenas ele que resta...
Estará tudo bem ao dizer pra mim
que nada valeu a pena...
Todo este "nada" é meu!
Para que pode me servir
encontrar o destino
se ele não me leva a você?
Imortal, imortal
Eu sinto ser aquela
que sobreviverá a todo esse mal
Eu morro por sua causa
Imortal, imortal
Eu me desprendi no fim do céu
Ele não abrigava mais a eternidade
Eu morro por sua causa
Eu morro por sua causa...
Imortal... Imortal...
Imortal...



 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

004 - Un Toque

Poesia escrita em espanhol e traduzida para o português, fala sobre a difícil arte de amar sem ser correspondido.

Imagem: simplesana.zip.net
 
Un toque

La flauta palpita
El sonido suave de la música
Invade mi alma

Y te veo pasar sin tocarte
Acaricio tu ser en pensamiento
Un sonido, un beso que no olvido
Cuando pasas, no respiro

Pudiera poder olvidarte
Y vivir sin ti
Pudiera oír otra voz
Que no fuera la tuya

Ando como un péndulo
Y mis ojos vaguean por luces
No veo nada más que tu luz

Sigo tu olor mismo suave
Como un perro encantado
Esta locura que vivo
Este éxtasis que siento

Sin ti puedo morir
Suavemente, lentamente


Um toque

A flauta palpita
O som suave da música
Invade a minha alma

Eu te vejo passar sem te tocar
Acaricio o teu ser em pensamento
Um som, um beijo que não esqueço
Quando você passa, não respiro

Quisera poder te esquecer
E viver sem você
Quisera ouvir outra voz
Que não fosse a tua

Ando como um pêndulo
E os meus olhos vagueiam por luzes
Não vejo nada mais que a tua luz

Sigo o teu cheiro mesmo suave
Como um cão encantado
Esta loucura que vivo
Este êxtase que sinto

Sem você posso morrer
Suavemente, lentamente



 Sara Mel inolvidable