quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Em convalescença


Desde começo de fevereiro venho mantendo um relacionamento íntimo com meu sofá. Nem bem as aulas iniciaram e fui surpreendida com uma uma infecção intestinal, meu médico suspeita que possa ter sido água contaminada, já que vivemos aqui em São Paulo a maior crise de abastecimento de água que eu me lembre nos meus 51 anos de vida.

Minha primeira atitude foi buscar ajuda no hospital municipal da minha cidade, liguei cedinho pra minha pastora e ela junto com seu esposo me levaram ao hospital. Pressão um pouco alterada, diarreia e me sentindo fraca, além dos calores da menopausa. Tomei duas injeções e uma hora de soro. Me liberaram pra casa junto com um atestado médico. No outro dia trabalhei, justifiquei meu dia, mas ainda não estava me sentindo bem. A médica do pronto socorro me disse pra procurar o meu médico e foi o que fiz no mesmo dia.

Fui a uma consulta particular na parte da tarde, minha irmã e cunhado me levaram. O médico me medicou com dois medicamentos e um deles me fez muito mal. Graças a Deus o outro que era para os calores (o que chamo de fogo interno) fez efeito em sete dias e hoje já não sinto meu corpo ferver por causa da menopausa.

Mas a infecção ainda estava lá, voltei ao meu médico e ele me receitou alguns medicamentos e uma dieta rigorosa. Um deles me causou dores abdominais, mas tive que tomar por cinco dias. Nesse meio tempo tive que usar minhas folgas do TRE para justificar minhas faltas e também tirar uma licença prêmio de trinta dias para tratamento, já que fui até o Servidor Público Estadual e a médica que pouco deixou eu falar o que tinha e ridiculamente me examinou disse que eu nada tinha. Não pediu exames, não me socorreu. 

O médico particular pediu Mamografia, papanicolau, hemograma completo, fezes e urina. Voltei nele duas vezes e precisei de ajuda pra poder ir e vir em todos esses lugares. A coordenadora da escola me trouxe os papeis pra serem assinados e me levou ao médico. Isso foi o que chamo providência Divina em minha vida.

Sei que importunei várias pessoas pedindo ajuda, pois não me sentia bem para conduzir meu automóvel, mas contei com o socorro de Deus que foi inspirando pessoas a me ajudarem nessa luta que estou travando. Isso ocorreu até para poder fazer os exames, recebi a ajuda de um vizinho e de uma amiga do trabalho que se ofereceu pra me ajudar, me levou ao banco pra pegar dinheiro e ainda depois ao mercado comprar água Bonafont sugerida pelo médico.

Hoje sei que o maior tesouro que temos nesse mundo é a saúde. Que dentre todas as coisas que pedimos a Deus, a primeira da lista deveria ser isso. Nesses últimos dias fui proibida de me alimentar fora de casa (coisa que faço com rotina mesmo sabendo que era errado), então me vi todos esses dias sozinha em casa, cozinhando pra poder me alimentar, me contorcendo de cólica intestinal, muito parecida com a dor que senti nas contrações da gravidez, e sei que Deus me manteve em pé pra poder conseguir isso, sem Ele não conseguiria.

Agradeço a Deus pelas pessoas que Ele colocou em meu caminha nessa fase, pessoas que se dispuseram a correr em meu auxilio, amigos do meu trabalho, irmãos da igreja, minha parentela e minha e-amiga de Recife que todos os dias. Sei que muitos estão orando por mim. Que Deus abençoe a cada um grandemente.

O que penso de tudo isso?

Penso que isso aconteceu pra que eu mudasse. 

Mudasse meu hábito de vida e me reavaliasse, pois por muitas vezes valorizei coisas que não devia. Não sabemos o valor da caridade até que necessitamos dela.

Pense nisso você também...