Isso já faz bastante tempo que
aconteceu e claro nunca esqueci. Eu como muitas mulheres, quando resolvi me
casar, marquei uma consulta com meu médico de confiança em busca de informações
sobre métodos contraceptivos, pois não queria engravidar naquele momento, e o
motivo principal era o medo que tinha do parto, muito desse temor vinha da
descrição de mães que diziam: ser uma dor insuportável e eu pensava que dor era
aquela que algumas mulheres teimavam em passar por várias vezes.
Meu médico na época me pediu
vários exames e me receitou a tal cartela que impediria por algum tempo que eu
sentisse tão forte dor, porque na época sinônimo de gravidez para mim era isso:
uma dor terrível.
Preparativos para o casamento
e eu começando naquela vida de mulher madura primeiro internamente, tomando
aquele remédio que me dava às vezes enjoo, com ardência nos olhos e um questionamento
interior que me deixava muito insegura a respeito da eficácia do medicamento e
também se era a atitude certa a ser tomada.
Resumindo isso tudo, após três
meses de casamento eu comecei a me sentir inchada, com a visão reduzida e fui
aconselhada por meu médico a interromper a medição. Estava me sentindo tão
infeliz com os estragos que aquele remédio me fez que parei imediatamente e
tomá-lo e nem me lembrei do medo e da dor que me fizeram entrar nesse
tratamento.
Minha vida estava muito
tranquila, tudo novo, sonhos, projetos e muito trabalho e foi exatamente nesse
contexto que engravidei. Eu não sabia como ia ser, a única coisa que senti era
que a partir daquele momento eu não estaria mais só.
Minha gravidez foi tão normal
que continuei a fazer todas as coisas que fazia sem nenhum problema, a única
coisa que me lembro de às vezes ao escovar os dentes sentir náuseas, mas isso
passou depois do segundo mês. Não tive aquelas vontades extravagantes que
algumas grávidas têm de comer alimentos exóticos e de madrugada.
Não fiz o chá de bebê, mas
ganhei tantos mimos de pessoas que estavam diretamente ligadas a ele. Fiz
diversos ultrassons, porém meu filho não permitiu que eu soubesse seu sexo até
que nascesse. Por esse motivo tudo que comprava era nas cores branca, amarela
ou verde.
Eu sempre digo que meu parto
foi 2 em 1, pois passei por todo trabalho de parto e como não tive dilatação o
médico acabou fazendo a cesariana. A dor insuportável foi substituída por uma
alegria imensa ao ver meu filho lindo, perfeito e chorando nos meus braços.
Foi nesse momento que descobri
porque algumas mulheres teimam tanto em ter essa dor, hoje sei que o principal
motivo é que ela vem rodeada de um amor tão profundo e intenso que a suportamos
naturalmente porque nascemos para isso.
Escrito em
24/11/2012
Nem todas passarão por isso...mas belo texto.
ResponderExcluir