Algumas coisas unem as
pessoas e pensando nisso me lembrei que quando ainda era bem jovem na escola tinha algumas amigas e também
algumas que não iam com a minha cara de modo nenhum. Escolhemos os nossos pares
por afinidade, cheiro, modo de viver, gostos e modo de pensar. E isso vale
também quando pensamos naquele homem “talvez lindo” que será nosso companheiro
para sempre ou algum tempo. Mas nem sempre essa regra é seguida, e por vários
motivos, um deles porque simplesmente não mandamos no nosso coração.
Num belo dia avistamos àquele que é o alvo perfeito para
nos fazer feliz, nos arrumamos, maquiagem perfeita, perfume, sorriso lindo,
olhos brilhantes e “nnnhac” o conquistamos, poderíamos nos satisfazer em tê-lo
por algum tempo, algumas horas durante o dia e depois deixá-lo para voltar a
vê-lo no próximo amanhecer, mas não. Queremos que permaneça ao nosso lado para
sempre, e começamos a falar de aliança, uma casinha aconchegante, nossas
coisinhas, nossa intimidade, nossa vida juntos. E quando menos percebemos já
estamos colocando a aliança um no outro. Aliança feita de ouro 18 quilates e
também feita na nossa mente. Para sempre.
Necessitamos acreditar que irá durar para sempre, naquele
momento o fim nem passa pela nossa cabeça, mas às vezes ele acontece, e estamos
presos, a tantas coisas que construímos juntos que é muito difícil aceitar o
fim.
Isso poderia ser diferente se conseguíssemos detectar o
sinal “vermelho” e ligar o pisca alerta aceitando que algo deveria ser feito
antes que tudo fosse “por água abaixo”, mas nem sempre vemos os pequenos sinais
que o outro nos transmite, apenas vemos a aliança no nosso dedo e na nossa
cabeça como garantia de “ele está preso a mim para sempre”, porque prometeu,
porque temos filhos, bens em comum e etc. Mas, e o amor?
Eu acredito na família, no casamento, na vida
compartilhada e abençoada por Deus. Mas, acredito também que Deus nos quer
vivendo em verdade. Então, eu não posso acreditar numa aliança que mantém duas
pessoas “presas” apenas por conveniências sociais. Eu acredito na aliança do
amor.
E voltando ao tema concluo, e essa é minha opinião, que
as pessoas se prendem umas às outras quando não tem a alma feliz, dependem de
outra pessoa para justificar sua vida. Porem, há quem ao invés de fazer do outro
seu prisioneiro (a) faz dessa pessoa seu amor, seu companheiro, seu amigo.
Dando a essa pessoa liberdade para pensar, agir, escolher, amar. E o estar
junto não é apenas uma “pressão social” e sim um acordo recíproco de duas
pessoas que se amam e se divertem estando junto o tempo que amor durar. E meu
desejo é que esse amor dure para sempre.
Escrito em:
24/03/2012
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