sexta-feira, 14 de novembro de 2014

LE PEPE & PENELOPE


Imaginemos duas pessoas completamente diferentes: ele é exacerbado, não tem medo de correr riscos, aprecia a noite e a aproveita, é viril, forte, se entusiasma facilmente, é persistente, atraente, popular, tem e faz uso das palavras de modo a convencer uma estátua de marmore, é rápido, astuto e qualquer mulher adoraria ter esse homem ao seu lado porque sabe como acariciar, seus beijos são doces e ao mesmo tempo um furacão poderoso... Esse é o gambazinho Le Pepé.
Ela é tímida, receosa, emotiva, emocional, vive dentro dos padrões que a criaram, é religiosa, inteligente, precavida e paciente, guarda dentro de si seus sonhos, trabalha por tudo que deseja, pensa no amor ainda como algo sublime, é delicada e bem cuidada, adora o dia respeita a noite, é bonita sem ser estonteante, seus desejos os guarda para que os possa disfrutar com o homem que a saiba amar... Essa é a gatinha Penelope.
A vida é mágica quando perdemos o controle.
A história desse casal inusitado poderia não passar de ficção, podemos apreciar a busca de Le Pepé por Penelope na rede de computador facilmente, mas nem é necessario fazer uso apenas da tecnologia para perceber que isso acontece com muita frequência no mundo real.
Quem de nós alguma vez na vida não se deparou com isso, um homem que começa a buscar em você algo mais, um homem que não desiste do que deseja mesmo você fugindo dele, e quanto mais você foge mais aumenta o desejo que ele tem... Na ficção le Pepe usa da tranquilidade de um caçador esperto para aprisionar a pobre gatinha em seus braços. Vai a lugares inimaginaveis para poder ficar com ela, para tê-la em seus braços. Ele a beija, puxa, larga, fala, a rodeia, sente, toca, larga, pega e tudo isso num frenesi constante que atordoa a pobre gatinha indefesa.
De tanto ser perseguida Penelope se acostuma com o caçador, começa a reconhecer nele algo familiar, seu cheiro já não causa insegurança, seus elogios começam a fazer sentido pra ela, e ela abaixa a guarda. E depois disso passa também a desejá-lo.
Para o gambazinho acostumado a atacar, provocar, perseguir isso é algo que o aborrece, mas na medida certa até que ele aprecia os ataques da indefesa presa que começa agora a sentir por ele algo maior que medo. Ela sente agora atração, deseja que ele a busque, que ele a chame como antes, que roube seus abraços, que faça como antes, que seja o Le Pepe, só isso.
Nem a gata Penelope, nem nós mulheres entendemos porque esse entusiasmo inicial termina, não compreendemos porque agora que estamos aceitando o amor, justo agora ele não nos da com tanta frequencia.
O que fazer para manter o Le Pepe que existe dentro de cada homem que conhecemos, ou melhor, o que fazer para manter o Le Pepe dentro do homem que amamos e queremos.
Se perguntar a eles provavelmente a resposta será que eles continuam os mesmos, apenas cansados com o trabalho, aborrecidos por causa das dívidas, preocupados com a reunião de negócios, etc.
Melhor é perguntar para a gatinha Penelope nesse caso... Ou melhor lembrar como era a gatinha Penelope que o gambazinho Le Pepe conheceu um dia e se encantou...
Garanto que se ainda dentro de você estiver um pouco daquela gatinha... Você conseguirá com toda certeza ver ainda o Le Pepe apaixonado, aquele mesmo que um dia a encontrou.
Feliz dia dos namorados!!!
E assim como esses dois são diferentes e sentem um pelo outro um forte sentimento que os une, espero que você possa encontrar o seu “gambazinho” também.
Escrito em:

11/06/2011

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