Imaginemos duas pessoas completamente diferentes: ele é
exacerbado, não tem medo de correr riscos, aprecia a noite e a aproveita, é
viril, forte, se entusiasma facilmente, é persistente, atraente, popular, tem e
faz uso das palavras de modo a convencer uma estátua de marmore, é rápido,
astuto e qualquer mulher adoraria ter esse homem ao seu lado porque sabe como
acariciar, seus beijos são doces e ao mesmo tempo um furacão poderoso... Esse é
o gambazinho Le Pepé.
Ela é tímida, receosa, emotiva, emocional, vive dentro dos
padrões que a criaram, é religiosa, inteligente, precavida e paciente, guarda
dentro de si seus sonhos, trabalha por tudo que deseja, pensa no amor ainda
como algo sublime, é delicada e bem cuidada, adora o dia respeita a noite, é
bonita sem ser estonteante, seus desejos os guarda para que os possa disfrutar
com o homem que a saiba amar... Essa é a gatinha Penelope.
A vida é mágica quando perdemos o controle.
A história desse casal inusitado poderia não passar de
ficção, podemos apreciar a busca de Le Pepé por Penelope na rede de computador
facilmente, mas nem é necessario fazer uso apenas da tecnologia para perceber
que isso acontece com muita frequência no mundo real.
Quem de nós alguma vez na vida não se deparou com isso, um
homem que começa a buscar em você algo mais, um homem que não desiste do que
deseja mesmo você fugindo dele, e quanto mais você foge mais aumenta o desejo
que ele tem... Na ficção le Pepe usa da tranquilidade de um caçador esperto
para aprisionar a pobre gatinha em seus braços. Vai a lugares inimaginaveis
para poder ficar com ela, para tê-la em seus braços. Ele a beija, puxa, larga,
fala, a rodeia, sente, toca, larga, pega e tudo isso num frenesi constante que
atordoa a pobre gatinha indefesa.
De tanto ser perseguida Penelope se acostuma com o caçador,
começa a reconhecer nele algo familiar, seu cheiro já não causa insegurança,
seus elogios começam a fazer sentido pra ela, e ela abaixa a guarda. E depois
disso passa também a desejá-lo.
Para o gambazinho acostumado a atacar, provocar, perseguir
isso é algo que o aborrece, mas na medida certa até que ele aprecia os ataques
da indefesa presa que começa agora a sentir por ele algo maior que medo. Ela
sente agora atração, deseja que ele a busque, que ele a chame como antes, que roube
seus abraços, que faça como antes, que seja o Le Pepe, só isso.
Nem a gata Penelope, nem nós mulheres entendemos porque esse
entusiasmo inicial termina, não compreendemos porque agora que estamos
aceitando o amor, justo agora ele não nos da com tanta frequencia.
O que fazer para manter o Le Pepe que existe dentro de cada
homem que conhecemos, ou melhor, o que fazer para manter o Le Pepe dentro do
homem que amamos e queremos.
Se perguntar a eles provavelmente a resposta será que eles
continuam os mesmos, apenas cansados com o trabalho, aborrecidos por causa das
dívidas, preocupados com a reunião de negócios, etc.
Melhor é perguntar para a gatinha Penelope nesse caso... Ou
melhor lembrar como era a gatinha Penelope que o gambazinho Le Pepe conheceu um
dia e se encantou...
Garanto que se ainda dentro de você estiver um pouco daquela
gatinha... Você conseguirá com toda certeza ver ainda o Le Pepe apaixonado,
aquele mesmo que um dia a encontrou.
Feliz dia dos namorados!!!
E assim como esses dois são diferentes e sentem um pelo outro
um forte sentimento que os une, espero que você possa encontrar o seu
“gambazinho” também.
Escrito em:
11/06/2011
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