Sobre o prazer que a
leitura pode produzir
Sempre quis conhecer o
mundo, viajar por países diferentes, viver em outros tempos, em outros lugares
estar.
Quando criança tinha sonhos
e fome de ver coisas novas, de conhecer pessoas importantes, lugares e
paisagens.
Mas na verdade minha
realidade era diferente e não poderia viajar pelo mundo, conhecer Roma ou
Grécia, não poderia me transportar para a idade média, nem viver em um castelo.
As pessoas que viviam ao meu redor eram parecidas comigo, viviam da mesma
maneira, sabiam as mesmas coisas que eu, mas eu sonhava mais que todas elas.
Procurei mudar e esquecer
essa minha fome pelo novo e irreal, mas a vontade era tanta que comecei a
procurar nos livros que lia alimento para minha alma, procurava os lugares que
gostaria de estar.
E então viajei por lugares
inimagináveis e impossíveis para mim, mas não para a minha imaginação, não para
o meu espírito aventureiro.
Hoje podemos ter a nossa
disposição vários livros com apenas um clic, é tão fácil, tão prático e mesmo
assim sinto que as pessoas têm uma preguiça interminável pelo conhecimento que
um bom livro pode nos trazer.
Além dos livros contamos com
os blogs, as páginas de relacionamentos, os jornais virtuais e tantas outras
possibilidades para adquirir conhecimento. As letras adquirem vida quando você
busca nelas algo mais que simples silabas, quando você encontra um significado,
isso é saber ler, isso é o verdadeiro prazer pela leitura.
um dos últimos livro que li foi de
Gabriel García Márquez “El amor en los tiempos Del cólera”, achei tão lindo e
profundo, passei vários dias saboreando e viajando por aqueles tempos,
vivenciando aquele amor, mas sou incontrolável às vezes e quis ver também o
filme, claro que estava bem produzido, claro que contou a história como li, mas
as personagens que tanto me encantou no livro, no filme não tinham o mesmo
brilho, não senti o mesmo amor que senti quando lia o livro.
Aprendi uma coisa com isso,
jamais voltarei a substituir uma emoção tão grande, o sabor lento das coisas, o
gosto agradável que senti nos vários dias de leitura jamais eu conseguiria
substituir em duas horas frente a televisão.
Claro que adoro ir ao
cinema, alguns filmes são impagáveis, mas esse em especial não conseguiu me
emocionar, todas as ações que visualizei na minha mente foram desmentidas,
definitivamente neste caso não deveria ter visto o filme e apenas lido o livro.
Sara Mel
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