sexta-feira, 24 de maio de 2013

Esta semana enfrentei uma batalha particular

Existem coisas que acontecem pra gente crescer, pra gente transpor barreiras. pra gente começar a entender o momento que está vivendo e sair dele melhor que entrou, ou ficar lá e morrer no fundo se lamentando de não ter conseguido subir a tona.
Nessa semana que passou foi um desses momentos, aqueles que a gente nem consegue pensar que possam acontecer.
Quando a vida te põe a prova e bate tanto que você prefere mesmo é ficar sozinha pra não ter que explicar muito a ninguém o que está passando.
E tem que passar sozinha.
Passei sozinha em termos porque sempre há aquela pessoa que insiste permanecer ao seu lado e mesmo que você não esteja num momento bom essa pessoa está ali te ouvindo, mesmo que ela tenha problemas tão complexos como os seus, muitas vezes até piores, ela está ali, oferecendo amizade, oferecendo um ouvido amigo, e esperando que você volte ao normal e que ela possa novamente descansar.
Esse tipo de amizade é raro de encontrar, é uma amizade que as vezes nem compreendemos, nem conseguimos muitas vezes saber como lidar, mas se Deus em sua infinita sabedoria coloca essa pessoa na sua vida, não é por acaso.
E bem na hora onde as pessoas que você mais ama te vira as costas, lá está ela dizendo a você.... - Tenha paciência amiga e espere.
E quando a gente ouve essa voz dizendo: paciência...espere...paciência...espere...
Da uma vontade louca de falar um desaforo qualquer e sumir, e se esconder ainda mais.
Mas ai vem a razão e te coloca em dúvida: Será que ela não tem razão?
E nesse momento você começa a pensar que ainda pode tomar algumas decisões para quem sabe suavizar o que você está sentindo.
E foi isso que fiz.
Sai da cama em que me colocaram em que me coloquei e fui a luta porque a batalha seria feroz.
A primeira foi ter coragem de colocar o despertador para despertar às 5h30m da manhã e me vestir para mais um dia de trabalho, enfrentar os olhares esperançosos daqueles que pensam ser eu alguém super dotado de sorrisos e explicações didaticamente corretas. 
A segunda foi entender que eu teria que voltar a me alimentar porque como dizia minha avó Albertina: saco vazio não para em pé. E eu tinha que parar em pé, não apenas aquele dia mas todos os outros dessa longa semana que apenas estava iniciando.
A terceira me olhar no espelho e fazer um esforço sobre humano para aparentar estar saudável, um lápis preto nos olhos, uma máscara nos cílios, uma sombra suave para dourar as pálpebras, um risco firme nos lábios e um batom rosa para trazer vida aos lábios que se mantiveram fechados por todo um fim de semana.
Ligar o motor do carro e ouvir Fagner cantando Canteiros, me fez pensar ainda mais em tudo que estava vivendo. Fechei os olhos por apenas mais cinco segundos e quando os abri, olhei o mundo diferente. Preciso de mim para continuar vivendo.
Quando me afastei de minha casa já era a mulher que sempre fui:  forte e determinada a melhorar a cada dia.
Tomar a decisão de ir ao médico e tratar o que estava debilitando o meu corpo foi uma decisão que tinha que ser tomada imediatamente, depois colocar a mente para trabalhar sem descansar, corrigir, escrever, ler, falar... Não pensar, não pensar, não pensar.
E durante esse processo lá estava ela: Bom dia miga, tudo bem com você hoje?
E eu respondendo: Graças a Deus tudo está bem.
Querendo acreditar que tudo realmente voltava a ficar bem, fosse para deixar minha amiga mais tranquila, fosse para provar a mim mesma que afinal nessa vida nada dura pra sempre.
E graças Deus essa semana já passou e essa que se inicia será muito melhor.

De Sara Mel
Em agradecimento a amiga Suzana Rangel





Um comentário:

  1. Tinha comentado no facebook, mas quero registrar nesse espaço tão singular...aonde você se entrega totalmente as emoções em forma de palavra hehehe...espero que entenda que tem amizades que é contruídas e baseadas por Deus e assim sendo são raras, únicas e eternas, quem é amigo de verdade e irmãos em Cristo não existe abandono...independente de situação ou circunstância...sempre estarei presente de alguma forma...mesmo que a distância e a correria do dia dia existam...pois afinal existe internet, celular hehehe para isso...ter um amigo por conveniência não é ser amigo...isso representa o mal uso da amizade...

    Desejo tudo de melhor que a vida possa te proporcional..e saiba que o que plantamos iremos colher um dia...se sou a amiga que sou...isso se deve muito também ao fato de você ter sido uma amiga anja para mim quando por diversas vezes eu precisei...

    Abração Jujuba

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