Observem
essa casa, transpira vida que por sua chaminé solta fumaça como se expulsasse o que não lhe serve.
Pena
de quem não tem essa espécie de escape para poder livrar-se de suas angustias,
de seus medos, de seus maiores segredos.
Nosso
coração deveria ser como portas que podemos fechar quando queremos, nossos olhos
como janelas para ver apenas o que nos torna feliz como o raiar de um novo dia.
Li um livro escrito
em 1970, de Barry Stevens – Não apresse o rio (ele corre sozinho) sugestão de
meu médico há três décadas. Nele a autora relata sua vida de forma simples e
muito particular, fala das coisas que aprendeu, das pessoas que conheceu, dos
sucessos e fracassos. Faz uma retomada de tudo que foi e aceita que ninguém
cura ninguém.
Através dessa leitura aos poucos compreendi que apenas sou responsável por mim mesma, o outro, eu
não controlo, não posso mudar, melhorar. Cada um erra o tanto que quer errar,
melhora onde quer melhorar e ressurge melhor quando enfim cansar de ser o que
sempre foi, ou não.
Mas, eu posso escolher estar
ao lado dessa pessoa ou não, posso querer ou não compartilhar suas dores,
alegrias, sucessos, vida, afeto, carinho...
Somos como xícaras de café,
cheios de opiniões e especulações, como podemos ver a beleza da xícara sem
antes esvaziá-la? Como ser bom, sem antes nos livrarmos do mal, como sermos
felizes sem antes nos livrarmos das magoas, como conhecer o amor sem antes nos
livrarmos da dor.
Pense nisso...
Escrito em:
25/02/2012
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