Marjorie ouvia tudo aquilo e
se angustiava. E às vezes gostava. Sentimento ambíguo que a dominava
constantemente enquanto ia bebendo através dos seus ouvidos aquilo que seu
corpo queria aceitar, mas não lhe era permitido desfrutar. Um fruto proibido.
E como todo fruto ele era
doce e suculento, ao seu toque Marjorie estremecia, seus beijos tinham sabor de
néctar e seu cheiro a inebriava tanto que entontecia. Mas era atraente demais,
desejado demais e pecaminoso.
Marjorie não conseguia
entender o que a estava arrebatando, uma voz a chamava constantemente e dizia
para seguir em frente, dizia pague o preço e viva esse amor e quando a noite
Marjorie se via sozinha pensava que ultrapassaria os limites da sua consciência
pelo menos uma única vez, mas quando despertava sua coragem para transgredir as
normas a dominavam de novo e desistia.
Mas o fruto continuava
ali... Sussurrando lindas palavras de amor, envolvendo-a com seu aroma
adocicado e forte, inebriando seus sentidos e Marjorie enrijecia nessas idéias
absurdas de poder lutar sozinha contra as tentações que ele representava em sua
vida.
Doces tentações regadas a
juras de amor e eterna felicidade, mas Marjorie não conseguiu acreditar apenas
em palavras vãs, queria entender os sentimentos palpando cuidadosamente e
comprovando sua lealdade a ela. Ele repetia palavras de amor, mas ela desejava
mais do que palavras, queria os atos de amor muito mais que escutar o som
inebriante que essa palavra produzia nela.
apaixonante hehehe
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