domingo, 4 de agosto de 2013

49° CONVENÇÃO MUNDIAL DA ITEJ 2013 – CASA DA BENÇÃO EM BRASILIA


Eu estive lá.
Há aproximadamente dois anos eu frequento uma pequena igreja bem próxima a minha casa, pequena no espaço físico, mas enorme na fé e na comunhão entre os membros que ali congregam.
Confesso que para participar dessa Convenção tive que pensar durante um ano inteiro, houve em mim uma certa preparação para isso, tentar começar trabalhar na obra de Deus rompendo alguns limites que me aprisionavam e me deixavam de certa forma frustrada.
Vim de uma igreja muito grande, grande em espaço físico e em número de membros, que tinha uma liturgia fixa, encontrei na Casa da Benção de Poá, algo que não tinha visto ainda, encontrei a oportunidade de me expressar, de participar ativamente nos cultos.
Comecei como todos recebendo nos cultos oportunidades para ler um versículo ou testemunhar algo que o Grande Deus tivesse feito em minha vida, meses depois vi meu nome na lista para dirigente do culto. Me lembro até hoje que trabalhei nisso com muita dedicação, fiz letras de um louvor que sabia em espanhol e ensinei toda a igreja a cantar e foi nesse dia que por primeira vez louvei no altar ao Senhor.
Hoje ensaio todas as quintas feiras no grupo de louvor da igreja e isso muito me alegra por saber que agora posso me expressar e louvar a Deus como sempre sonhei.
Ir a Convenção em Brasília ia requerer de mim algo muito especial, pra fazer isso eu teria que transpor uma barreira que me acompanhava por toda uma vida, que era o medo de viajar em avião. Um medo tão grande que inventava desculpas para pensar sempre mais um pouco e mais um pouco sobre isso. Acabei por colocar minha vida nas mãos de Deus, confiar que Ele me fortaleceria e o que para muitos é muito normal para mim era “Vencer”.
Venci esse meu medo numa manhã chuvosa, viajei pela Gol num voo doméstico, ao lado de um homem muito calado e antipático, que de minuto em minuto olhava pela janelinha do avião e me obrigava a olhar também por não ter muito coisa que fazer, eu observava o vai e vem das comissárias, as pessoas dormindo tranquilamente e eu orando o tempo todo para Deus naquele momento me mostrar o porquê dessa minha viagem.
Foi ai que olhei melhor pela pequena janela e vi que abaixo do avião tinha uma caminho feito de nuvens branquinhas, um tapete fofo que jamais poderia ver se não tivesse saído da terra, olhei no horizonte e vi o céu azul, um céu limpo e ao longe o sol que brilhava forte e pensei... Maravilhoso Deus, obrigada por permitir que eu visse a sua criação desse modo, transpondo meu medo e completamente em tuas mãos.
Quando chegamos em Brasília estava feliz, não só porque estava ali, estava feliz porque tinha de certa forma provado minha fé, tinha feito algo confiando em Deus, e isso me emocionou.
Foram seis dias onde pude vivenciar muitas emoções.
Ficamos hospedadas no hotel A Astra, muito aconchegante e limpo. Em todos os cultos esperávamos o transporte da Catedral vir nos buscar, nesse meio tempo tirávamos fotos e mais fotos.
Separamos uma manhã e tarde para visitarmos a Biblioteca Nacional e a Catedral, tiramos fotos dos painéis, das obras de artes, dos espelhos d’água, das esculturas dentro da Catedral e fora dos apóstolos Marcos, Mateus, Lucas e João. Andamos de metrô e caminhamos pelas ruas de Taguatinga.
Os cultos na Catedral são diferentes do que estava acostumava, era uma multidão, isso me trouxe de volta a ideia de que as vezes é preciso ser espectador, é preciso apenas ouvir a palavra, e foi isso que fiz. Muita coisa eu carregarei para minha vida, ouvi muitos testemunhos de luta e vitória.
Mas, é claro, eu também tive a minha luta interior. Eu estava lá para ser consagrada obreira, e simplesmente após participar da reunião com o Missionário Jaime Caieiras receberíamos a senha para a consagração e a minha não foi encontrada. No inicio não me apavorei, mas aos poucos, após tentar resgatar o documento eu fui me questionando em relação ao porque minha senha ter desaparecido e confesso que pensei que Deus não quisesse que eu fosse consagrada.
Todos da igreja tentaram falar comigo, mas quanto mais eles tentavam me convencer que no outro dia tudo se resolveria, menos eu acreditava e mais chorava.
Na hora de dormir falei com Papai e descansei.
Tudo foi resolvido, encontraram a ficha de inscrição e não havia nada que impedisse minha consagração. E no dia 27 de julho de 2013 era consagrada “obreira” da Casa da Benção. Por primeira vez na vida assumia um vínculo com uma instituição religiosa, a parte especial disso tudo é que minha irmã também estava lá para ser consagrada ao meu lado. Deus é maravilhoso!
No domingo tínhamos o último culto pela manhã, culto de Santa Ceia ao Senhor. Fomos para a igreja já com nossas malas, almoçamos lá na Catedral, tomamos sorvete, e fomos para o aeroporto num ônibus hiper lotado, chegamos por volta das 16h00, quando fomos fazer o check-in fomos avisados que havia possibilidade de viajarmos todos juntos e embarcamos imediatamente a São Paulo pelo voo smiles da gol entramos por um túnel interno e em cinco minutos o avião estava decolando.
Dessa vez voamos mais baixo, então vi todo o Planalto Central da janelinha do avião, a perspectiva é muito interessante porque tudo parece muito pequeno, conseguimos ver uma cidade inteira na forma de uma maquete e ao anoitecer as luzes vão se acendendo pouco a pouco e a terra lá de cima fica toda iluminada pelas luzes artificiais das estradas, carros e casas. Lindo de se ver!

Chegamos a São bem antes do horário previsto, felizes por tudo ter ocorrido tão bem e cheias do Espírito Santo de Deus.


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