quinta-feira, 29 de agosto de 2013

MARJORIE EM “GIRASSOL texto 18

Marjorie felizmente tem um encontro com seu amor

Marjorie tocou a tela de seu celular, mensagem, caixa de entrada e leu o último torpedo que Enrique enviou no dia anterior. Uma vontade de ouvir sua voz de novo a invadiu, ele estava em silêncio, ela não sabia o que estava acontecendo. Leu a mensagem várias vezes, o nome do seu amor estava agora gravado no seu telefone e em seu coração. Desejou tão fortemente escutá-lo outra vez que ele ligou. Logo estariam juntos outra vez.

Marjorie queria tocá-lo, ela necessitava fazer isso, ter pelo menos um instante de amor com ele. Estariam agora mais próximos, menos resguardados, tão apaixonados. Desejava deixar de ser afoita e escutá-lo somente e fez isso por longas horas, engolindo o fel dos seus pesadelos e transformando-os em mel.

Nunca agira assim com homem nenhum, precisava admirá-lo, sentir sua pele, tocar sua boca e ficar completamente extasiada de tanto amor.

Sua boca agora dizia tudo que precisava ouvir novamente, necessitava acreditar naquelas palavras de amor mesmo que nelas tivesse tanta dor.

Os beijos com sabor de saudade são dolorosos, amargos. Tiram sua força, requerem sua vitalidade, são exigentes e impacientes, mas transmitem a emoção que sente dois corações que estavam separados, grita, ruge, produz um som que só os amantes de verdade um dia já ouviu.

E depois de tudo necessitam ficar só novamente, cada coração em seu lugar, devem reaprender a amar, esperar o momento certo para voltar a se encontrar e desabrochar como o girassol faz todo dia quando encontra o calor do sol.



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