Quando Deus fez o mundo e os
seres por algum motivo o fez em pares, sol e lua, céu e estrelas, terra e água,
homem e mulher. Aprendemos desde pequenos a depender um dos outros, nessa fase
necessitamos dos nossos pais para nos ensinar, alimentar, dar carinho e com
isso nos sentimos bem. Levamos essa sensação de “sou feliz porque não vivo só”
durante toda nossa vida e são poucas as pessoas que por opção resolvem estar
só; isso não significa que essas pessoas gostem da solidão, pois sabemos o quão
difícil é falar com as paredes.
Algumas coisas unem as pessoas e de
certa maneira nos prendem uns aos outros. Um desses motivos é a dependência
econômica, num relacionamento de muitos anos, mesmo que deteriorado pelo tempo
e pela falta de qualquer sentimento, muitos optam por continuarem juntos para
não terem que dividir o que construíram ao longo do relacionamento. Em outros
casos a dependência é emocional, a pessoa simplesmente não consegue imaginar-se
sem a outra e aceita tudo, sofre tudo, mas permanece ali, estagnada, sem
conseguir tomar nenhuma decisão para se libertar e enfim recomeçar.
Dias atrás um amigo que passava por um momento como este admitiu ter muito medo
de morrer sozinho e por isso não teve coragem de tomar a atitude de se separar, pois
sabe que isso implicaria em ter que ficar só por algum tempo, iniciar novos acordos,
recomeçar com uma nova família, correr riscos e tal.
Entretanto, o motivo que deveria nos mover a querer ficar juntos deveria sempre
ser o “amor”, esse sim conservaria nosso vigor, nossa juventude emocional, o
brilho em nossos olhos. Quando duas pessoas se aceitam e querem permanecer
unidas pelo amor que sentem, merecem a felicidade, serão exemplos para os filhos, os
netos, farão de sua escolha pelo amor a única que os manterá vivos mesmo depois
da morte, só assim a solidão não terá força, quando o amor for sentido
plenamente.
Escrito em
14/11/2011
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