terça-feira, 5 de agosto de 2014

Final Feliz


Algumas coisas unem as pessoas e pensando nisso me lembrei que quando ainda era bem jovem  na escola tinha algumas amigas e também algumas que não iam com a minha cara de modo nenhum. Escolhemos os nossos pares por afinidade, cheiro, modo de viver, gostos e modo de pensar. E isso vale também quando pensamos naquele homem “talvez lindo” que será nosso companheiro para sempre ou algum tempo. Mas nem sempre essa regra é seguida, e por vários motivos, um deles porque simplesmente não mandamos no nosso coração.
            Num belo dia avistamos àquele que é o alvo perfeito para nos fazer feliz, nos arrumamos, maquiagem perfeita, perfume, sorriso lindo, olhos brilhantes e “nnnhac” o conquistamos, poderíamos nos satisfazer em tê-lo por algum tempo, algumas horas durante o dia e depois deixá-lo para voltar a vê-lo no próximo amanhecer, mas não. Queremos que permaneça ao nosso lado para sempre, e começamos a falar de aliança, uma casinha aconchegante, nossas coisinhas, nossa intimidade, nossa vida juntos. E quando menos percebemos já estamos colocando a aliança um no outro. Aliança feita de ouro 18 quilates e também feita na nossa mente. Para sempre.
            Necessitamos acreditar que irá durar para sempre, naquele momento o fim nem passa pela nossa cabeça, mas às vezes ele acontece, e estamos presos, a tantas coisas que construímos juntos que é muito difícil aceitar o fim.
            Isso poderia ser diferente se conseguíssemos detectar o sinal “vermelho” e ligar o pisca alerta aceitando que algo deveria ser feito antes que tudo fosse “por água abaixo”, mas nem sempre vemos os pequenos sinais que o outro nos transmite, apenas vemos a aliança no nosso dedo e na nossa cabeça como garantia de “ele está preso a mim para sempre”, porque prometeu, porque temos filhos, bens em comum e etc. Mas, e o amor?
            Eu acredito na família, no casamento, na vida compartilhada e abençoada por Deus. Mas, acredito também que Deus nos quer vivendo em verdade. Então, eu não posso acreditar numa aliança que mantém duas pessoas “presas” apenas por conveniências sociais. Eu acredito na aliança do amor.
            E voltando ao tema concluo, e essa é minha opinião, que as pessoas se prendem umas às outras quando não tem a alma feliz, dependem de outra pessoa para justificar sua vida. Porem, há quem ao invés de fazer do outro seu prisioneiro (a) faz dessa pessoa seu amor, seu companheiro, seu amigo. Dando a essa pessoa liberdade para pensar, agir, escolher, amar. E o estar junto não é apenas uma “pressão social” e sim um acordo recíproco de duas pessoas que se amam e se divertem estando junto o tempo que amor durar. E meu desejo é que esse amor dure para sempre.
Escrito em:
24/03/2012

            

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