quinta-feira, 14 de agosto de 2014

FORMAS DE AMAR

Qual dessas mulheres mais se parece com você? Qual dessas mulheres você jamais seria? Qual desses comportamentos você aprova ou desaprova? Dessas formas de amar, existe aquela que seja a correta para você, ou a que seja completamente inadequada? Podemos julgar o amor?


Toda mulher tem uma forma de amar, algumas conseguem amar a um homem apenas por toda uma vida, outras amam através dos tempos os homens que passam por sua existência. Qual dessas mulheres se parece com você? Ou melhor, você não se enquadra em nenhuma dessas descrições?
Gabriela, ainda jovem conheceu o amor da sua vida, lutou com garras e dentes por esse amor, quando precisou provar a ele que o amava simplesmente o fez, não se importou se era certo ou errado, se viria o arrependimento depois, apenas o amou. Engravidou e casou-se com ele, teve filhos, construiu sua família, foram por algum tempo felizes, mas num dia cinzento de outono descobriu que o seu amado esposo a traia. Chorou, pensou morrer, falou mal, brigou, odiou a amante, mas não conseguiu se separar, e perdoou não apenas essa traição, mas todas as outras que esse homem cometeu. Estão juntos até hoje, ele do modo que sempre quis viver e ela do único modo que podia para poder estar ao lado do seu amor.
Bianca se apaixonou ainda muito menina, seus pais sempre foram muito severos, fora criada nos moldes familiares mais rígidos, tinha um sonho, casar-se virgem, e quando seu namorado quis algo mais íntimo ela não conseguiu desobedecer as regras que aprendera no seio familiar e o perdeu. Sofreu, chorou, culpou-se, acreditou ser tudo isso muito injusto, mas seguiu vivendo, estudando, trabalhando, namorando outros garotos, mas nunca esquecendo, nunca se perdoando. Casou-se virgem como sonhara, mas não com o homem que amava. Construiu uma família, teve filhos desse casamento, algumas vezes era feliz e outras se lembrava e pensava como seria se tivesse agora com seu amor e por isso seu casamento desmoronou, por esse motivo e vários outros. Cresceu profissionalmente, emocionalmente ainda se sentia presa e colocou seus sentimentos a prova. Reencontrou seu passado, provou do mel e do fel que isso representa e viu que perdeu anos de sua vida em ilusões, mas ela é acostumada a cair e levantar-se e de novo se amou mais que qualquer outra coisa e recomeçou do zero outra vez.
Kátia sempre fora impulsiva, agia sempre do modo que para ela fosse mais eficiente e não conseguia deixar nada para depois. Sua grande meta era ser mulher e se sentir amada, sentir prazer era algo que a fascinava. Por anos viveu uma vida dupla, era duas mulheres e uma bem diferente da outra. A primeira era aquela que todos deveriam e podiam conhecer e era também a que ela desejava preservar. Era mãe apaixonada por seus filhos, cuidadosa com a casa, amiga e esposa. A outra era o reverso, era ninfa que enfeitiçava, com uma identidade secreta, era a amante ardente, disponível pelas tardes, gostava do prazer que sentia e proporcionava horas de luxuria e prazeres. Apreciava a adrenalina que isso provocava nela e em seu amante, sabia que era infiel, mas não tinha opção, pois achava amar aos dois e não poder viver sem eles. Até que também fora traída e tomou a decisão de ficar onde se sentia mais protegida, com sua família.
Carolina quando pequena perdeu seu pai, fora criada por sua mãe, com ela aprendeu a ser forte e independente fez dos estudos seu tesouro, amigos ela os tinha e os cuidava com zelo, sempre fora amorosa. Por ter medo de ser abandonada como a mãe jamais se envolveu seriamente, teve seus amores, seus prazeres. A decisão de nunca se casar chocou sua mãe, mas querer ser feliz sem a dependência de um homem a atraia e as tantas atividades que tinha a completava. Sendo livre pode conhecer o mundo, fez inúmeras viagens, sua vida não conhecia a rotina dos afazeres domésticos, trabalhava duro em todos os sentidos para ser feliz e respeitada pela escolha que fez. Ficar sozinha.
Ester foi apresentada à igreja ainda bebê, sua dedicação exclusiva às obras religiosas a transformou em serva fiel, executando trabalhos voluntários, ajudando nas obras sociais e se um dia encontrasse o homem perfeito seria ali no templo que congregava. Elias a amou no momento que há viu, casaram-se rapidamente, aceitaram todos os filhos que lhe foram enviados, são almas irmãs, não mentem, não humilham um ao outro, se respeitam e se amam e acima de tudo são dedicados a Deus que os criou.
O amor é inerente a todas essas mulheres, de diferentes formas, mas importante e necessário para que cada uma seja o que decidiu ser. Não consigo ver uma forma correta, nem a mais virtuosa, nem a mais egoísta. Simplesmente o amor justificado por cada uma delas como sendo a forma que ela sabia, queria e amou.
O amor é o sentimento mais valioso, deveria trazer paz, alegria, jubilo, deveria embelezar o seu dia a sua vida, mas nem sempre é aceitável, permitido, entendido, compartilhado. Cabe a cada um de nós respeitar as varias formas em que o amor nos é apresentado.
E ser feliz!
E ser triste!
Quem sabe?

Escrito em:
12/11/2011

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