sábado, 26 de setembro de 2015

Os imortais – volume 2

Os imortais – volume 2
Para eles, o verdadeiro amor não tem fim.

Lua azul
Ever é agora uma imortal. Iniciada nesse mundo desconhecido e sedutor por seu eterno amado, Damen. Ela adquiriu novas habilidades após o grave acidente que sofreu. Damen a salvou e por causa disso ela agora era igual a ele. O problema é que algumas coisas horríveis começaram a acontecer com seu amado, enquanto ela se sentia cada vez mais forte ele definhava e perdia todos seus poderes e memória.
Ever decide viajar a dimensão mística de Summerland, conhece a história de Damen e aos segredos que regem o tempo. A partir de ai deverá tomar uma difícil decisão ao voltar ao passado e ter o destino de seu amado em suas mãos.
Alyson Noel autora do Best-seller “Para sempre” nesse segundo volume “Lua azul” nos entrega às sensações, as dúvidas, os medos da personagem Ever, uma adolescente que inesperadamente começa a conviver com seres de um mundo irreal, que descobre que sua história vai além do agora, que o passado é como uma maldição e que é culpada pela morte de toda sua família, mesmo não tendo feito absolutamente nada para que isso acontecesse.
A pergunta principal da obra é: O que você faria se tivesse a oportunidade de voltar ao tempo e desfazer o mal?
É com essa pergunta que a autora faz a personagem conviver grande parte da obra. O final é inesperado e da aos leitores a certeza que a história ainda não chegou ao seu final.
Um trecho desse livro que me chamou muito a atenção foi quando a personagem decide mudar sua história “- Ouça, não vou mentir. Tudo está acontecendo muito mais rápido do que eu esperava, e tinha a esperança de ter mais tempo para... para concluir as coisas”.
O que o personagem sente e como age é muito parecido com o modo como agimos, porém com uma grande diferença, agora Ever é imortal e tem todo o tempo do mundo para fazer a coisa certa.
Um livro que com certeza vai agradar muito às leitoras que apreciam uma literatura fantástica, nele você vai sair desse mundo mortal e entrar num mundo onde viver é eterno.
Boa leitura!


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Conto: O ANEL


O ANEL
João conheceu a Mariana tempos antes de conhecer a mulher que amaria e viveria por toda uma vida. Ela era linda e filha de uma das famílias mais influentes da cidade do Rio de Janeiro, ele sabia que relacionar-se com ela seria impossível e a jovem amargurava-se por ser tão rica, tão linda e tão infeliz por não poder estar ao lado daquele que era o homem da sua vida.
Se não poderia ser a esposa de João não seria de nenhum outro, pensava Mariana nas longas madrugadas que chorava sem ser ouvida, queria viver entre os tecidos do alfaiate simples de olhos verdes e sorriso fácil que a encantou desde o início. A decisão de tornar-se freira e enclausurar-se por toda a vida tomou de espanto seus pais que já imaginavam a casa cheia de netos quando a filha desposasse um dos herdeiros mais cobiçados da cidade. Porém Mariana não pensava obedecer as normas daquela sociedade sem amor, sem liberdade e sem opção de escolha.
Mariana procurou o ourives mais respeitado da cidade e encomendou aquilo que seria a única lembrança que João teria de sua existência. Pediu que fizesse um anel e que gravasse nele as iniciais de seus nomes. Quando Mariana o colocou em suas mãos o menino imediatamente se transformou em homem e as primeiras lágrimas brotaram acusadoras lembrando-o que ele nunca seria suficientemente bom para ela.
As portas do convento agora detinham toda beleza, toda juventude, todos os sonhos da moça sonhadora. Não seria mais vista, nem amada, nem acariciada. Os anos mostrariam a Mariana o trabalho árduo de sua escolha, ela se acostumaria a viver sem João, serviria humildemente ao que a criou.
João olhava o anel e o admirava sempre que seus dedos tocavam as iniciais de seus nomes João e Mariana. O anel não o deixava esquecer um só instante daquela menina rica que por amor se negou ao mundo. Aos poucos o trabalho começou a tomar grande tempo na vida daquele homem esforçado e talentoso, sabia que era um excelente alfaiate, mas o que recebia era pouco comparado ao que merecia. Jamais conseguiria tirar Mariana do convento e convencer seus pais de os deixarem viver aquele amor puro e verdadeiro. Teria que esquecê-la. Precisava se afastar completamente daquelas ruas que a lembravam, guardou todo o dinheiro que pode e tomou o ônibus que o levaria a São Paulo e também ao seu futuro. Junto no seu dedo anular levou o anel, levou Mariana.
A cidade de São Paulo o recebeu agitada, aqui ele não teria tempo para pensar em seu infortúnio. Abriu uma pequena alfaiataria e conheceu a Ângela. Ela não era tão bonita quanto Mariana, mas era mulher séria e trabalhadora, baixa de estatura, mas alta em determinação. Em pouco tempo os dois já estavam planejando o casamento, os pais portugueses da moça não a queriam namorando por muito tempo e assim João quando viu em uma tarde chuvosa estava com Ângela se casando. Ele tirou o anel da mão esquerda e o colocou na direita e o substituiu por uma aliança barata de oro que pode comprar com as pequenas economias que fez.
Ângela não entendia a fixação do esposo por aquele anel até que um dia quando João estava adormecido ela o inspecionou e viu as iniciais gravadas, letras que não compreendia ainda o significado, letras importantes para o homem que agora era seu esposo.
Eles tiveram quatro filhos, quatro pequenas joias que fizeram seus dias mais felizes. Ângela porem, passava os dias desejando o anel, desejando que ele o tirasse e o desse a ela, desejando que seu esposo se livrasse dele, ela não sabia ainda o motivo, mas aquele anel a incomodava. João não suportava mais os questionamentos da esposa e resolvera contar a história contida naquela joia, isso não fora uma decisão sábia, pois a partir daquele dia o anel passou a ser uma obsessão na vida daquela mulher.
Ele a pegava chorando pelas madrugadas e quando lhe perguntava o que estava acontecendo apenas ouvia.... — O anel. Foi então que depois de dezoito anos de casamento ele resolveu tirar aquilo que era sua única lembrança da menina mais linda que conhecera, e o deu à sua primogênita fazendo-a jurar que só o daria para o primeiro filho que tivesse.
João se livrou da cobrança diária da esposa determinada a destruir aquele que era seu maior temor matrimonial. A filha agora padecia o fardo de ser a guardiã daquela joia. E como fizera uma promessa ao pai a cumpriria, o anel só sairia do seu dedo quando sua filha tivesse dezoito anos também.
E como Ângela não podia ter o anel comprava joias e as guardava. João achou que felizmente depois de cinquenta anos de casados a esposa havia esquecido a história do anel, mas ele estava enganado. Ela se lembrada dele todos os dias da sua vida.
Quem o possuía agora era a neta mais velha, a primogênita o ganhara como a mãe havia prometido ao seu avô. E ela o usava como símbolo familiar sem saber a história que a joia guardava há mais de cinquenta anos.
Quando João faleceu a avó pediu para que a neta a acompanhasse até seu túmulo, seus dedos trêmulos tocavam aquele que era seu maior desejo de destruição, ela o queria para consumir, para derrete-lo até tornar-se nada. Seu esposo estava morto, mas o anel ainda estava ali intacto nos dedos de sua amada neta. Um pensamento único a possuía... — Quero esse anel pra mim.
Julia visitava a avó todo fim de semana. Numa dessas tardes, mais precisamente a última que passariam juntas a avó estava radiante ao receber a neta, e avisou: — Hoje tenho uma surpresa pra você!
            Julia viu quando a avó entrou em seu quarto e de lá saiu com um saco que parecia estar cheio de moedas. Ela disse orgulhosa: — Isso é tudo que consegui guardar em todos esses anos de vida e olhando para o anel em seu dedo disse: — Eu sempre o desejei, troco todas essas joias por ele!
            Julia então lembrou-se das palavras de sua mãe quando o ganhou. Chorou porque não poderia se livrar do anel sem antes deixar as memórias de João ir com ele.
            Naquela mesma semana a avó faleceu, Julia tirou o anel do dedo e guardou numa caixinha. Meses depois quando quis usá-lo de novo procurou-o e já não mais o encontrou.
  

 Por Jussara Melo

domingo, 23 de agosto de 2015

O preço do amanhã

Sugestão de filme: O preço do amanhã. 109 minutos, idiomas: inglês, espanhol e português, não recomendado para menores de 12 anos, gênero; ação futurista.



Viva para sempre ou morra tentando.
Justin Timberlake, Amanda Seyfried e Olivia Wide estrelam este intrigante filme de ação futurística. Estamos num futuro próximo e a ciência já descobriu a chave para a imortalidade humana, mas neste mundo, apenas os ricos vivem por muito mais anos, porque tempo é dinheiro.
Quando o jovem pobre (Timberlake) é falsamente acusado de assassinato, ele precisa descobrir um modo para destruir o sistema e roubar tempo suficiente para viver mais um dia ou morrer tentando.
Esta é a sinopse do filme, e o que ela deixa de comentar é que além da ação que vem presente durante todo o tempo, vemos também contada uma linda história de amor. E claro uma ótima releitura do filme Hobin Wood.
Você consegue se imaginar controlando o seu tempo de vida a todo o momento?
Pois os protagonistas dessa fascinante história fazem isso o tempo todo. Claro que não vou contar todo o filme, apenas comentar que fiquei angustiada com a ideia disso um dia acontecer com a humanidade.
A parte boa...você jovem aos 25 anos para sempre.
A parte ruim... para isso você teria que ser muito rico para comprar tempo de vida em bancos que o vendiam a preços exorbitantes.
A parte infernal... você ter um relógio no seu braço que marca o tempo todo o tempo que ainda te resta de vida.
A parte que mais gostei... O amor não deixa de estar presente nem nesse mundo onde a moeda de troca é o seu próprio tempo de vida.
Espero que assistam e gostem da dica.




quinta-feira, 20 de agosto de 2015

040 - Terra seca


Terra seca... falta água... falta tudo.
Rachaduras... marcas visíveis do descaso
Do abandono... falta a água falta a vida.
Eu teimosa... finco minhas raízes nessa crosta
Nessas fincas que absorvem o sereno noturno
E me alimento dele, aproveito o pouco que me é servido...
E sobrevivo.... respiro e vivo,
Arrebento com meu caule a terra seca,
Me movendo pelos pequenos espaços que consigo passar
E sinto o calor do sol que me traz de novo à vida
E renasço da terra seca que me deixaram caída
Para nascer em mim novas folhas
Dessa vez mais verdes
Dessa vez mais fortes
Capazes de suportar o calor e o vento
Que soprar ....
Dessa vez darei meus frutos mais doces
Mais suculentos
Pra você provar que ainda nessa terra seca
Há vida. Jussara Melo Escritora

quinta-feira, 23 de julho de 2015

O TEMPO NÃO PARA

E a memória de tudo desmanchará suas dunas desertas, e em navios novos homens eternos navegarão. (Cecília Meireles)


Antigamente ouvíamos as pessoas dizendo que ficavam até cansadas com tanto tempo disponível, elas não tinham muitas coisas a fazer, geralmente despertavam muito cedo, faziam suas tarefas diárias, almoçavam e jantavam em família e dormiam quase sempre logo ao anoitecer.
Hoje, o que ouço é o contrário, o tempo não é suficiente para realizar todas as atividades diárias, permanecemos por horas no trabalho, depois nos transportes públicos insuficientes para atender a população cada vez mais agitada e estressada, quando chegamos em casa nos desdobramos em deixar tudo organizado para atender à família, dormimos com aquela sensação que deixamos alguma coisa por fazer, com a sensação de que a vida está escorrendo por nossas mãos, e não sabemos o que fazer para frear esse carro enlouquecido que chamamos de tempo.
Uma coisa é certa, o tempo não passa igual para todo mundo. E também não passa da mesma forma todos os dias.
Quando estou feliz, entusiasmada com algo, satisfeita saboreando o momento sinto que o tempo voa, me parece que é como as asas de um beija-flor que velozmente se move e eu não consigo controlar a sensação de que poderia ter durado muito mais, mas infelizmente não dura, ele é algo que sei que devo saborear o mais rápido possível, antes que acabe e não me pertença mais.
Você já sentiu isso alguma vez? Eu já senti muitas vezes.
O contrário também acontece... Ano passado, por exemplo, por muitas vezes me vi em situações extremas de tristeza que duraram muito mais tempo que eu quisesse suportar, muitas vezes essas situações que nos afligem duram um tempo cronológico e psicológico insuportáveis, pois ao contrário do bater das asas esse tempo é como aquele conta gotas que temos em casa e que sabemos que de dentro daquele frasco o que sai é um remédio amargo e que devemos digerir pouco a pouco. Felizmente esses momentos, para nós intermináveis, também não duram para sempre.
Os dois tempos, podem estar gravados na nossa memória, a pergunta é:
Quanto tempo mais você vai permitir que essas histórias que já passaram permaneçam em você?
Assim como dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, o passado e o presente também não.
Relembrar é muito saudável, ver fotos, vídeos de momentos que fizeram parte das nossas vidas, curto muito isso também. Só não dá para tentar uma reprise o tempo todo. Estou trabalhando incansavelmente nisso e garanto que ganhei muito mais tempo que perdi.
Hoje, tento construir novas coisas, aprender novas formas de passar o tempo. Entrar por exemplo num curso de canto... E um professor me garantiu que todo mundo pode sim conseguir cantar, que existem técnicas para isso, que não é apenas um dom e sim perseverança. Eu acreditei feliz, claro.
E no amor? Ah... A regra é a mesma, quando estamos com alguém que amamos, os ponteiros dos minutos se movem como segundos, e a gente pensa que o tal do tempo nem colabora com a nossa felicidade.
Como driblar isso? 
Acredito que só há uma forma... Organizar as tarefas, delimitar o uso na internet, reservar uns três dias para atividades físicas, tempo para leitura, aulas de canto, igreja, até tempo para o animal de estimação deve ser reservado, pois eles sentem muito nossa falta. Uma vez por semana organizar suas coisas, para não passar minutos preciosos procurando algo perdido nos armários. E algo também muito importante é um tempo para estar com as pessoas que amamos.
No inicio teremos a sensação de não dar certo, mas depois com o tempo vemos o ganho nisso. Claro que, sempre haverá lugar para o imprevisto. É nele que mora a beleza da vida afinal.
Jussara Melo
Escrito em 16/02/2013

domingo, 19 de julho de 2015

O QUE TE PRENDE AO SEU PARCEIRO


No inicio tudo é tão maravilhoso! Eu já ouvi muitas vezes essa frase dita por várias mulheres e tenho que confessar que eu já a disse algumas vezes. Sabe por quê? Porque é exatamente assim que tudo começa um dia, e qual o problema em continuar sendo maravilhoso?
Manter uma mulher presa de forma voluntária não é difícil, apenas requer alguma criatividade por parte dos homens, a mesma criatividade que eles fazem uso no inicio da conquista e não sei por que razão esses seres teimosos deixam com o passar do tempo de colocar em prática.


Muitas coisas prendem uma mulher a um homem, a primeira delas claro que é o amor, o toque firme e ao mesmo tempo carinhoso, o cochicho ao pé do ouvido, o sorriso espontâneo ao vê-la chegar, o olhar cúmplice, o apoio moral e os momentos de prazer roubados em lugares públicos que passam despercebidos às outras pessoas por não conhecerem os códigos secretos que os une.

Porém, outros homens prendem as mulheres, mas nem sempre possuem de verdade tudo o que poderiam ter. Muitas mulheres vivem uma vida de aparência e infelizes, tentando a todo instante convencer a si própria que aquela situação um dia mudará. São homens egoístas que pensam apenas no seu bel prazer. Homens que não conseguem trazer de volta o frescor do inicio. Vivem sob o mesmo teto, mas não compartilham a vida, os prazeres. Cada um vive sua própria existência, os amigos não são mais comuns, não há vida social, ou seja a mulher tem em seu poder o status de casada, mas é na verdade alguém só e completamente vazia. Sua missão é interpretar o papel de esposa e chorar nas madrugadas suas dores sem que ninguém saiba.

Geralmente as mulheres fogem desse assunto, mas existe o homem que prende uma mulher simplesmente porque é tudo de bom, sim é o homem dos sonhos de toda mulher, é aquele que sabe dar o beijo mais gostoso, o abraço mais envolvente e sexualmente falando “sabe o que faz”. As mulheres, sem querer generalizar, ligam o sexo ao amor, então quando um homem satisfaz uma mulher nesse sentido a terá fiel, apaixonada, dedicada e feliz. E se além disso o homem for carinhoso, prestativo e atencioso, será o eleito para povoar o coração dessa mulher por muito, mas muito tempo mesmo.
Na verdade um homem de verdade é aquele que sabe reconhecer em sua parceira suas necessidades, a mulher que ele terá ao seu lado é reflexo do modo como é estimulada. Gostamos sim de ser paparicada, acarinhada, elogiada, respeitada, estimulada, seduzida, ouvida, tocada e retribuímos a isso quando sentimos que o nosso parceiro é verdadeiro e sincero em sua atitude.

Responder a essa pergunta: O que te prende ao seu parceiro? É algo que vai requerer de você alguma análise. Colocar numa balança as coisas boas e ruins dessa relação e ver qual o peso maior. Avaliar se está valendo a pena continuar junto é algo que deve ser praticado pelos dois regularmente a fim de melhorar os pontos que precisam de ajustes, numa conversa regada a um bom local, uma boa comida e uma boa música. Que acham?

quinta-feira, 2 de julho de 2015

039 - O que eu adoro em ti


O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto maternal
Em teu flanco aberto como uma ferida
Nem a tua pureza, nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.
(Madrigal Melancólico, Manuel Bandeira)



O que eu adoro em tua natureza é tudo o que você transmite quando está normal, casual. O fato de simplesmente ser você, sem fingimentos, sem jogos, sem fantasias e mascaras, sem imitações alheias. O que eu adoro em você é essa tua natureza simplificada, vertente tua, natural e singular.
Não é o profundo instinto maternal ou paternal, não é as atribuições diárias adquiridas nesse relacionamento de anos, não é as obrigações diárias que a vida nos impôs, o que adoro em você é seu instinto amável, carinhoso, cuidadoso. Esse mesmo instinto que me levou até você sem que eu pudesse impedir.
Em teu flanco aberto como uma ferida que lastima-me e tortura-me por imaginar que talvez essas feridas tenham sido produzidas por mim. Produzidas por minhas imprudências, por minhas mentiras, por minhas promessas não cumpridas. Teu flanco que é metade meu, metade dor, metade de mim mesma.
Nem a tua pureza, nem a tua impureza de nada mais importa, não importa tais explicações, tais divagações se o mais importante não é o que parece ser e sim o que verdadeiramente você é comigo. As circunstancias puras ou impuras nos trouxeram até aqui, mas a determinação de continuarmos juntos deve ser límpida.
O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me, pois somos feridos e curados, somos companheiros e solitários, somos íntimos e estranhos, nessa ciranda que nos envolvemos e não conseguimos sair.
O que eu adoro em ti, é a vida.
Vida que traduz o amor que sinto por ti.
Jussara Melo

Escrito em 05/01/2013