sábado, 17 de maio de 2014

COMPARAÇÃO


Observem essa casa, transpira vida que por sua chaminé solta  fumaça como se expulsasse o que não lhe serve.
Pena de quem não tem essa espécie de escape para poder livrar-se de suas angustias, de seus medos, de seus maiores segredos.
Nosso coração deveria ser como portas que podemos fechar quando queremos, nossos olhos como janelas para ver apenas o que nos torna feliz como o raiar de um novo dia.


Li um livro escrito em 1970, de Barry Stevens – Não apresse o rio (ele corre sozinho) sugestão de meu médico há três décadas. Nele a autora relata sua vida de forma simples e muito particular, fala das coisas que aprendeu, das pessoas que conheceu, dos sucessos e fracassos. Faz uma retomada de tudo que foi e aceita que ninguém cura ninguém.
Através dessa leitura  aos poucos compreendi que apenas sou responsável por mim mesma, o outro, eu não controlo, não posso mudar, melhorar. Cada um erra o tanto que quer errar, melhora onde quer melhorar e ressurge melhor quando enfim cansar de ser o que sempre foi, ou não.
Mas, eu posso escolher estar ao lado dessa pessoa ou não, posso querer ou não compartilhar suas dores, alegrias, sucessos, vida, afeto, carinho...
Somos como xícaras de café, cheios de opiniões e especulações, como podemos ver a beleza da xícara sem antes esvaziá-la? Como ser bom, sem antes nos livrarmos do mal, como sermos felizes sem antes nos livrarmos das magoas, como conhecer o amor sem antes nos livrarmos da dor.
Pense nisso...

Escrito em:
25/02/2012

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